terça-feira, 11 de agosto de 2009

Aspectos históricos da Itália ^-^

A Itália é um país com mais de trinta séculos de história. Foi, de fato, sede de grandes civilizações que influíram profundamente na evolução de toda a cultura ocidental. Berço da civilização etrusca e sede de importantes centros históricos e culturais da civilização grega foi o centro do Império Romano que, por centenas de anos, dominou o mundo ocidental.

A queda do Império Romano (476 DC) significou o fim de uma organização política, mas não o de uma civilização. Os invasores, freqüentemente primitivos como os povos provenientes do norte da Europa, acabaram por ser diretamente influenciado pela cultura romana, claramente superior na época.

Na história do país, sucederam-se divisões e reunificações. Carlos Magno, rei dos Francos, coroado imperador no ano de 800, reconduziu sob o poder de Roma quase todas as províncias européias do antigo império. Teve-se assim a restauração da idéia imperial, associada à religião cristã, com a criação do Sacro Império Romano, cujos limites se estendiam dos Pirineus ao Elba e ao Danúbio, do mar do Norte ao mar Adriático.

Com Carlos Magno e os seus sucessores, surgiu na Europa uma nova ordem política e social: o feudalismo, assentado na subdivisão do Império em várias partes. Em todas as suas graduações, a nobreza feudal constituía uma classe privilegiada, dotada de terra e de bens, permeada por ideais guerreiros, fiel às instituições militares, completamente separada da massa da população servil e explorada. As cidades, ao contrário, embora escassamente povoadas, gozavam de certo bem-estar e de relativa prosperidade por causa da possibilidade de trocas comerciais e pela presença de pequenas oficinas locais, de caráter artesanal. Lançavam-se assim as bases para o desenvolvimento da autonomia das cidades, que no século XII se realizaram completamente com a criação das comunas, um ordenamento que se desenvolveu, sobretudo, na Itália setentrional e central, enquanto que na meridional este processo foi detido pelas conquistas normanda e sueva e pelas monarquias que aí se sucederam.

Nos séculos XIV e XV as comunas transformaram-se em Senhorias para salvar-se dos perigos externos e das lutas civis internas. A um "Senhor", de fato, era confiada a direção de assuntos públicos, com plenos poderes. As famílias mais célebres que se sucederam no poder foram os Visconti e os Sforza em Milão, os Médici em Florença, enquanto começava a afirmar-se uma família, a dos Savóias, que teria grande influência sobre os destinos da Itália nos séculos seguintes.

Outro fato importante marcou a história deste período. Em 1453, a queda do Império Romano do Oriente e a conquista, pelos turcos, de grande parte da bacia do Mediterrâneo, impeliram os navegadores ao encontro de outras rotas para alcançar o extremo Oriente, fonte de aprovisionamento dos prósperos mercados europeus. Na busca de um novo caminho para chegar à Índia, em 1492, Cristóvão Colombo descobriu a América, abrindo nova e importante página na história do mundo.

Na Itália, as lutas internas pela sucessão haviam, entretanto, favorecido o advento de outras dominações estrangeiras.

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